31 de dezembro de 2007

Adeus 2007 – Último Passeio do Ano ( SW Alentejano )


Aproveitando os excelentes dias de Sol que têm feito no encerrar este ano de 2007, eis que não podia despedir-me do mesmo, sem efectuar um último passeio. Até porque constantemente estou a rever-me na frase desse grande motociclista / viajante Pierre de Sousa Lima:

“ … Não tento explicar às pessoas porque é que ando de mota. Para os que compreendem, nenhuma explicação é necessária! Para os que não compreendem, nenhuma explicação é possível .. ."

Fiz-me novamente á estrada na manhã de Sábado, dia 29 de Dezembro de 2007. O meu destino era o SW Alentejano, tendo como objectivo estar pela hora de almoço por Vila Nova de Milfontes.
Localidade essa que tinha visitado á pouco tempo, juntamente com um amigo que me acompanha nestes meus passeios / viagens ( Ricardo Coração de Leão ) e sua bela montada Honda CBR 600 RR. Foi por altura de um encontro com pessoal do Fórum Viajar de Moto, entre eles: Paulo Fernandes, João Geraldes, ….

Fiz 1/3 do percurso por autoestrada a demoninada “ Via do Infante “ ou autodesignada pela Estradas de Portugal.E.P. – A22.
Estabeleci uma velocidade de cruzeiro na ordem dos 130 km/h, já a precaver-me contra eventuais viaturas descaracterizadas da Brigada de Transito da G.N.R., que circulam em maior número nestas alturas festivas de Natal e Ano Novo. E fui apreciando a paisagem possível ao longo do percurso desta autoestrada que compreende o troço de Faro a Bensafrim, pelo meu lado direito a Serra Algarvia recortando o céu azul e do meu lado esquerdo um espreitar aqui e além do azul do mar.
Chegado a Bensafrim tomei a E.N.120 em direcção a Aljezur e deliciando-me até esta localidade com belas curvas de bom piso que serpenteiam o encontrar da Serra do Espinhaço de Cão com o litoral da Costa Vicentina.
Parei apenas em Aljezur para reabastecer e cumprimentar um grupo de FJR´s que efectuavam o percurso no sentido inverso, para de seguida voltar a fazer-me á estrada com vista a alcançar o objectivo pretendido – Almoçar em Vila Nova de Mil Fontes.

Cheguei a Vila Nova por volta das 13h, aproveitei para tirar umas fotos e procurar um local para efectuar o repasto, que desta feita foi no Botequim do Xico uma substancial dose de Carne de Porco á Alentejana.
Voltei á estrada com o objectivo de visitar o Cabo Sardão, que o fiz e onde tive de submeter a CBF a um percurso mais destinado a máquinas com vocação trail, mas correu tudo pelo melhor e sem registo de qualquer acidente ou susto de maior.

De seguida fiz rumo por estradas regionais até á Zambujeira do Mar. Tive oportunidade de passar junto á Herdade do Touril de Baixo, que recomendo para quando quiserem fazer turismo rural por estas bandas do SW Alentejano e para quem quiser tirar as dúvidas, basta visitar: http://www.wonderfulland.com/

Chegado à Zambujeira do Mar, localidade que passou a ficar muitíssimo conhecida, devido ao facto de receber todos os anos em Agosto, um dos maiores festivais de música do nosso País: O Sudoeste.
Talvez se devesse a isso e por ser um Sábado, mesmo quase ás portas da Passagem de Ano, mas esta localidade estava coberta de visitantes.
Tempo houve da minha parte para mais umas fotos á belíssima praia da Zambujeira do Mar e para tomar um cafezito numa das convidativas esplanadas frente á dita praia.

Voltei á estrada e fiz rumo a casa, apenas voltando a parar já na A22 na estação de serviço de Lagos para reabastecer, tomar mais um café e calçar a balaclava, uma vez que com o cair da noite o frio fazia sentir-se.

Cheguei a casa com mais 393 kms efectuados e com a mesma sensação de que voltava a partir de imediato, justificado pela tal frase:

“ … Não tento explicar às pessoas porque é que ando de mota. Para os que compreendem, nenhuma explicação é necessária! Para os que não compreendem, nenhuma explicação é possível .. ."

FimVotos de Bom Ano de 2008, preenchidos com muitas viagens

28 de dezembro de 2007

Hot Spot – Estrada Nacional Nº2 ( Faro / Almodôvar )


Após quase 2 semanas em que não peguei na moto, ora porque a meteorologia não o permitia, com chuva constante que assombrava os meus dias, ora porque tive uma constipação daquelas valentes, do tipo “ Estás mesmo quase com o pé prá cova “.
Eis que S.Pedro nos graceja com os explêndidos dias de Sol, como quem quer fechar o ano em beleza e ainda por cima eu estava a tirar uns dias de férias para ajudar a desfazer as “filhozes” e os “sonhos” de Natal.
O frio esse estava de “rachar”, mas nada que o meu recentemente adquirido fato térmico da Kalenji não resolva e lá fui pôr-me a caminho para acrescentar mais uns kilometros ao meu curriculo motocilistico.

Trago-vos o que chamo: Um Hot Spot
Chamo Hot Spot a algumas das estradas que vou conhecendo!
E porquê ? Porque as características destas, fazem delas autênticos Hot Spots para os prazeres do Motociclismo / Mototurismo.
Estradas com paisagens muitíssimo bonitas, com excelentes locais naturais ou patrimónicos para se visitar. Além que o seu traçado é pura adrenalina para quem quiser efectuar os troços num ritmo mais rápido, ou seja, curvas para dar e vender e para todos gostos ao estilo Track Day.

Desta feita trago aqui parte do traçado da Estrada Nacional nº 2 que compreende de Faro ( Algarve ) a Almodôvar ( Alentejo ).
Fiz a mesma nos dois sentidos ora de Sul para Norte ( Faro – Almodôvar ), ora de Norte para Sul ( Almodôvar – Faro ).
Posso dizer o piso é excelente, pouco trânsito, aqui e além um ou outro automóvel ou ainda uma autocaravana com dístico da NL ( Holandês ) ou GB ( Inglês ).

Foram 158 km de puro prazer. Na primeira parte foi fazendo Mototurismo, disfrutando das paisagens, efectuando diversas paragens para fotos, tudo muito nas calmas e reconhecendo o traçado.
Na segunda parte, ou melhor no sentido Almodôvar – Faro foi o delírio, de fazer a um ritmo mais acelerado as inúmeras curvas encadeadas até Estói ( localidade a 8 kms de Faro ).

Foi uma excelente forma de passar uma tarde de Inverno, fazendo uma das coisas que mais gosto: conduzir uma moto.
Espero me breve poder trazer-lhes outros excelentes Hot Spots que por estas bandas ( Sul ) existem.

Fim

23 de dezembro de 2007

Viagem por terras de “Nuestros Hermanos”


Passo a relatar aqui mais um dos passeios / viagens realizados com a minha “menina”, desta feita por terras de “Nuestros Hermanos”


Reza a história que os destemidos viajantes se fizeram á estrada no ano da graça de nosso Senhor de 2007, mais precisamente no dia de Sábado, 15 de Dezembro.


Destemidos porque apesar de estarmos por terras do Sul, estava um frio que faria desistir qualquer um. Dificilmente passamos toda a viagem acima dos 10º graus de temperatura.
Mas devidamente equipados, quer dizer, mais ou menos, falta-nos as calças. Pois aguardo prendas do Pai Natal ( sim que esta criança que tenho dentro de mim ainda acredita no Pai Natal ).


Combinamos local de encontro as bombas da Repsol ( será porque íamos para Espanha ) ás 8h30m no cruzamento da Alfandanga, acerca de 1 Km da vila da Fuzeta.
Contava eu que estivessem presentes os companheiros habituais das RR´s e mais alguns amigos menos Racing, que se têm vindo a juntar a nós, nesta difícil tarefa de desbravar as estradas do nosso País.


Mas o certo é que a saída estava combinada para a 9h e ninguém aparecia. E pensei ou tiveram uma sexta feira á noite de “caixão á cova” ou não teriam praticado o suficiente o castelhano, ficando assim menos a vontade para fazer esta peregrinação.


Comecei a fazer telefonemas e eis que para meu espanto, começo apanhar do outro lado do auscultador no meu telemóvel. vozes ensonaradas e com desculpas de há e tal….
Ora não foi com bravos e corajosos destes que fizemos a história deste nosso País… a desculpa mais frequente era o frio. E eis que me veio logo á cabeça o discurso de um 1º Sargento que conheci: …“ frio civil não entra em militar”… então camaradas onde está essa coragem e gosto pela aventura… mas nada.


O certo é que me resumi a apenas um bravo companheiro de seu nome “Ricardo”, não sei se ainda de origem afastada que fosse de Ricardo Coração de Leão.
Que com a sua bela “montada” ( Honda CBR 600 RR ) nos fizemos á estrada pelas 9h30m.


Percorremos o caminho até á fronteira pela E.N.125 e entrando no Pais vizinho por Ayamonte.
Logo seguimos até Cartaya sempre por estradas nacionais espanholas, e onde paramos para um primeiro cafezito que nos aquecesse o corpo, porque a alma essa, estava aquecida na esperança de fazer muitos kms de puro prazer de condução nos nossos veículos de duas rodas.
Chegados a Huelva, tomamos a direcção do porto da cidade e eis que somos brindados pela hospitalidade de nuestros hermanos motociclistas que passaram por nós ás dezenas, sempre com cordial cumprimento motard, o qual fomos retribuindo.


Chegamos a Palos de la Frontera pelas 11h da manhã ( hora portuguesa ), aproveitamos para dar algum descanso ás nossas montadas e para dar um pequena volta a pé pela vila que foi palco da partida das naus de Colombo para o Novo Mundo.


Retomamos á estrada e seguimos em direcção a Matalascañas onde fizemos uma pequena paragem para “alimentar” as nossas máquinas, pois á que aproveitar os preços mais reduzidos que os nossos vizinhos pagam por esses derivados do petróleo.
Demos dois dedos de conversa, num espanhol atabalhoado, ou seja, em portunhol com o rapaz da gasolineira que nos informou que podíamos almoçar por El Rocio e que estava lá a decorrer uma concentração motociclistica, mas que havia muita areia nas ruas da vila para termos cuidado. Agradecemos as informações e voltamos a colocar-nos ao caminho até El Rocio.


Chegamos a essa localidade já pelas 13h30m ( hora portuguesa ) e procuramos um local onde comer. Almoçamos bem, um belo de um Solomilho de Cerdo Ibérico e retemperadas as nossas forças, voltamos a fazer-nos á estrada para a última etapa desta nossa viagem.
Fizemos de El Rocio a Faro quase sem paragens, pois já na autoestrada entre Sevilha e Huelva vimo-nos obrigados a parar e colocar as balaclavas, tal era o frio, que a essa hora da tarde se fazia sentir.


Na auto estrada aproveitamos para soltar os cavalos das nossas montadas, embora não tenhamos excedidos os 180 Kms/h já deu para subir o nível de adrenalina dos nossos corpos e com isso manter-nos mais aquecidos.
Chegamos a Faro ( Ilha de Faro ), onde aproveitamos para tomar mais um cafezito e agendar a nossa próxima “volta”.


Estávamos radiantes tal como o Sol que brilhava, após os 404 kms que fizemos e com vontade de voltar a partir, não fossem outras obrigações que nos esperavam, como no meu caso ir buscar a pequena “Beatriz” á casa a avô.

Fim

22 de dezembro de 2007

Viagens na Minha Terra : Passeio Estremoz


Venho por este meio relatar mais um dos meus passeios / viagens pelo nosso Portugal.Desta feita foi pelo nosso Alentejo, com a minha "Maria" ( Raquel ) e com um grupo de amigos... os tais das RR´s que começaram a ganhar juizo.




Foram as actrizes principais desta viagem de dois dias:

1 Honda CBF500 ( a minha )
1 Honda CBR600RR ( do Ricardo )
1 Suzuki GXR600R ( do Rudolfo )
1 Suzuki GXR750R ( do Eduardo )
1 Yamaha YZF600R ( do Machadinho )

Saimos de Faro do ponto de encontro do costume ( parque de motos do Centro Comercial Fórum Faro ), depois de algumas instruções sobre o percurso, bem como regras para andar de moto em grupo.

E lá somos... era lindo de ser ver a CBF a comandar as operações e o amigo Ricardo a fazer de "carro vassoura". E eu pensando com os meus botões esta malta das RR´s não se vai aguentar muito tempo, ou pelas costas ou por querer dar-lhes gás ao cavalos que têm por debaixo daquelas carenagens... mas para minha surpresa a lei a ordem foi mantida por toda a nossa viagem.

Primeira paragem para o cafezito e cigarradas da ordem em Castro Verde e eis logo que aquela pacata vila alentejana veio a rua ver a nossa belissima caravana de 2 rodas passar.

Seguimos em direcção a Serpa onde estava a nossa espera um repasto já agendado no famoso "Lebrinha", local afamado por ser onde se obtêm a melhor imperial do Alentejo.

A turpe almoçou, bebeu ( com moderação ) e conviveu.E eis que há saida da respectiva cervejaria tinhamos uma comitiva da Guarda Nacional Republicana que nos alertou para a sua boa disposição, pois caso contrário estariamos todos autoados por termos deixado as nossas princesas em cima do passeio, apesar de não estorvarmos a circulação dos peões... mas como disse estavam bem dispostos.

Seguimos viagem para Évora, essa linda cidade alentejana em que o seu centro histórico é patrimóniio da humanidade.Paramos como era de esperar na Praça do Giraldo, onde houve lugar a mais um cafezito.

Voltamos á estrada e retomamos a direcção de Estremoz pela E.N.18 que nos permitiu passar junto a Évoramonte ( lindissima ).

Chegamos por fim a Estremoz, onde ficamos hospedados no hotel Imperador. Na recepção do mesmo procuramos saber onde poderiamos jantar e eis que a recepcionista com a face do rosto todo avermelhado e nós a pensarmos que a Srª tinha apanhado um escaldão, nos diz para irmos ao "Pixa Negra" Chegados ao dito... "Pixa Negra", uma agradavel taberna restaurada, podemos deliciar essas iguarias alentejanas... fantastico repasto que durou para mais de 3 horas.

Dia seguinte e nova etapa.
Saimos de Estremoz com destino a Ficalho, passando pelas excelentes curvas da Serra da Ossa e seguindo pelas planices do Alentejo.

Paragem para abastecer na Amareleja ( que consta ser um dos mais quentes do Alentejo na estação de Verão ). Realmente não se passava mesmo nada nessa terra a não ser um ou outro "compadre" alentejano que nos acenava á nossa passagem sempre tranquila.

Almoçamos em Ficalho e seguimos em direcção á fronteira entrando em Espanha por Rosal de la Frontera.

Somos seguindo de "poblado em poblado" até Ayamonte, mais a litoral.Aproveitamos como é óbvio para rebastecer antes de sair de Espanha, pois "noutros hermanos" pagam muito menos por esse liquido que faz mover as nossas princesas.

Finalmente chegados a Faro, com a memória cheia de lindissimas paisagens e vontade repetir quanto antes por outros destinos... e claro os nossos companheiros das RR´s a queixarem-se das costas e com cada vez mais vontade de trocar as suas montadas por outras com uma vocação mais turistica.

Fim